Quem será que sou eu?

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Tô aqui pra mostrar o quão pode ser ruim a vida de alguém que tem cisto pilonidal e o quão as pessoas que reclamam da vida tão na boa e não sabem. ¬¬

domingo, 22 de agosto de 2010

Se foi 2008, entrou 2009.

Pois bem, depois de tanto sofrimento eu praticamente não me lembrava do Cicinho.
Comecei a festear como sempre, mas nunca me bati (ao menos nunca bati a bunda, pelo que me recordo). Tinha vários planos, ia pro carnaval (foi um dos melhores), completaria 19 anos em junho, ficaria numa bendita folguinha de estudos e tentaria ir embora pra Santa Maria ao fim do ano.
Aquele ano correu, eu as vezes lembrava do Cicinho... "já faz 1 ano e meio que eu sofri, mas passou" ufa. Ufa, nada. Tantos planos de futuro, mas ele retornou. Sim, ele as vezes pode voltar... Eu fui a escolhida...
Dizem que 80% dos casos se dá em homens, ou seja 20% em mulheres (meu caso)... Ainda dizem que depois de retirar o abcesso/cisto, a chance de recidiva é de 10%. Espera! Eu estava mesmo em todas as baixas hipóteses? Será que é minha sorte esse fator de eu ser a minoria?
Há-há-há.

Bem, imagina.. minha sorte já começava pelos 20% que importunavam as mulheres, e depois os 10% de recidiva.
Eu, com certeza fui abençoada. Eu nunca reclamei muito do cisto, até sempre que podia fazia alguma piada pra quebrar o gelo, e parecer que eu me despreocupava. Não era tão fácil assim.
Voltou! Era o que eu pensava. Não queria que fosse verdade.
Uma dor incontrolável, o estouro de pus novamente. Bastante! Muito! Incrível!
Esse devia ser muito maior que o primeiro. Final de ano, eu tentava me preparar pro vestibular. Mas e se eu passasse como eu ia conviver com essa dor?
Nao iria dar, viajei por viajar, pra espairecer...  Vestibular de verdade foi a 2ª opção. Fiz por fazer, eu teria mais uma cirurgia. Quando voltei, o cisto drenava sozinho dia e noite, não fechava, só saía pus, ao menos não doía.
Mas incomodava o fato de ter que ficar preocupada sempre em usar algum gaze ou algo que tapasse a fim de não passar para a calça. Eu queria fazer logo a cirurgia, mais um ano perdido. Pensava eu.  Já era março de 2010.

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